sábado, 30 de novembro de 2013

G.I Joe, os Comandos em Ação da nossa infância

 

  Hoje, eu quero falar com vocês sobre algo que marcou minha infância, assim como acredito, marcou de inúmeros brasileiros, os G.I Joes, ou como ficaram conhecidos no Brasil, Comandos em Ação. O ano era 1986, mas parece que foi hoje (tá bom, mês passado), pois algo que vi ficou marcado em minha memória de criança. Estava sentado em frente à TV, quando vi a chamada de um programa novo, o Xou da Xuxa (não riam, na época era o máximo). A vinheta que apresentava uma loira, cantando

com microfone, cercada dos mais estranhos seres e várias crianças da minha faixa etária, chamou minha atenção, mas lembro que vibrei como um garotinho (er... eu era um garotinho) quando vi que este programa também teria vários desenhos. Lembro de robôs virando veículos, seres azuis, entre outros. Porém, o que chamou minha atenção e me fez contar os dias para a estréia, foi a imagem, muito rápida por sinal, de vários soldados correndo com rifles que disparavam lasers azuis, sendo confrontados por outros "encapuzados", esses disparando lasers vermelhos de suas armas. Como eu queria assistir aquilo e descobrir por que lutavam. O dia da estréia chegou (sorte que estudava à tarde) e passei uma manhã inesquecível, tendo como ápice a exibição dos, agora identificados por mim, Comandos em Ação. Esse nome entrou em minha mente naquele, agora longínquo, ano de 86, para nunca mais sair. 


 Comecei então a associar o desenho que passava na Xuxa, com alguns "soldadinhos" que eu já tinha visto em uma lojinha próxima de casa. Ao constatar que eram Comandos em Ação, assim como o desenho, transformei as vidas da minha mãe e minha vó, em um inferno (no bom sentido), pedindo todo dia para que comprassem aqueles soldados para mim. Parece que mais nenhum dos meus brinquedos prestava. Pois bem, certo dia minha mãe chega em casa com um presente. Ao abrir o embrulho, uma alegria e uma decepção ao mesmo tempo. Era um Comandos em Ação! Mas era a Agente Secreta, com uma única arma.    :( 
Hoje eu sei que ela é tão legal quanto qualquer outro daquela época, mas vai explicar isso para o meu EU criança. Bom, não demorou muito e ganhei um "soldado de verdade", o Raio Laser, que felicidade, depois disso, vieram muitos Comandos, muitos Cobras, muitos veículos. Quantos deles eu destruí jogando de paraquedas, improvisados com sacolas de mercado. Quantas trocas mal sucedidas com amigos do colégio. Quantos soldados perdidos em batalhas (enterrados em buracos no terreno), enfim, foram bravos os Comandos em Ação por não terem sobrevivido à minha infância. Aqui, cabe um parêntese que me atormenta até hoje. Uma vez ganhei um Comandos em Ação, que odiei à primeira vista. Era um tal Cobra de Aço, boneco estranho, pois ao contrário dos outros não "girava" os braços e era basicamente igual à um todo preto (antes Cobra Invasor, hoje Snake Eyes) que eu já tinha. No mesmo dia, troquei o maldito por um punhado de figurinhas do Jaspion. Marty McFly, onde está você?



  Outra passagem interessante, foi quando um belo dia, assistindo tv, me deparo com um comercial do longa-metragem animado dos Joes. Iria passar na Sessão da Tarde, senão me falha a memória, durante as férias de Julho de 1988 ou 89, juntamente com os tão famosos filme dos Trapalhões. E que filme! Apesar da estranha origem apresentada para os Cobras, todo o restante foi muito bom. A abertura incrível, o acampamento do Sgt. Slaughter, que anos depois, fui saber, era um personagem real. Os novos recrutas. As cenas de ação. Tudo foi muito bom. Aliás, falando em recrutas, por que até hoje não fizeram uma figura do Big Lob? Outro fato curioso, na época em que
assisti o desenho, uma dúvida pairou na minha mente por um tempo. Porque todos choravam como se Duke tivesse morrido, se ele apenas entrou em coma? A tia net respondeu essa questão anos depois. Os "inteligentes" responsáveis pelo longa iriam matar Duke, inclusive, a cena já estava pronta. Porém, com a reação negativa dos fãs sobre a morte do Líder Optimus, no longa animado que os Transformers ganharam no ano anterior, resolveram voltar atrás, deixando o personagem "apenas" em coma, só mudando a dublagem. O Duke, interpretado por Channing Tatum, não teve a mesma sorte vários anos depois. Esse desenho passou apenas uma vez na tv, enquanto filmes de cachorros e macacos falantes repetem toda semana. Graças por existir o Youtube hoje em dia.

Propaganda nos "gibis" da época
  Bom, o tempo passou e continuei gostando dos Comandos em Ação e das demais coisas da minha infância, porém, por culpa dos "agitos" da adolescência, acabei meio que deixando de lado essa paixão. Veio a fase adulta e com ela um sentimento nostálgico, a internet e também um pouco de dinheiro. Todos os elementos necessários para iniciar uma nova coleção, agora cuidando dos coitados, e também aprofundar mais nas origens desses fabulosos personagens. Minha primeira aquisição dessa nova fase foi o, agora G.I Joe, Mutt com seu cão Sucata Junkyard. De lá para cá, não parei mais, e pretendo nunca fazê-lo. Cada personagem, veículo, ou mesmo equipamento faltante é uma conquista única. Quem não sonha em ter todas as versões dos Steel Brigades, inclusive o Gold Head, ou então o Hard Top com seu raro microfone? Isso faz o colecionismo de Action Figures ser mágico. Não importa se a coleção é completíssima, com todos os personagens e veículos, ou se apenas tem os que marcaram sua vida de alguma forma. Pensando nisso, iniciei também outras coleções de Action Figures, quase sempre ligadas à partes da minha infância. Porém, os Joes seguem líderes na minha preferência. Além do prazer de colecionar, aprender sobre as origens dos personagens, garimpar itens na internet (e depois aguardar com angústia por eles), existe o lado das amizades. Quantos amigos tive o prazer de conhecer nos fóruns, comunidades, grupos e encontros. Não vou citar nenhum, pra não ser injusto. Todos com o mesmo amor pelo colecionismo. Todos com o mesmo amor pelos Comandos em Açao/GI Joe. Cada um atrás da sua coleção perfeita. Essa é uma paixão que veio para ficar, uma paixão que faz com que aquela chama da infância permaneça viva, que faz aquela imagem da batalha de lasers entre o bem e o mal, ter valido à pena. Por isso eu digo, obrigado por fazer parte da minha vida e também de vários outros colecionadores. Obrigado Comandos em Ação/G.I Joes.

Logotipo clássico



  G.I. Joe é uma franquia de action figures estadunidense produzida pela empresa de brinquedos Hasbro. No Brasil, sob o nome de Falcon e depois Comandos em Ação foi fabricada pela Estrela.
  G.I. Joe, conforme dizia na abertura do desenho, "é o nome-código da equipe de ataque mais ousada do mundo.

 Seu propósito: defender a liberdade humana contra a Organização Cobra, um impiedoso grupo terrorista determinado a dominar o mundo".

   Abertura clássica do desenho

Algumas imagens da minha coleção particular de G.I Joes

   









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